Três vezes Klose. Esse é o número que falta para o atacante alemão bater o recorde de Ronaldo e se tornar o maior artilheiro da história das Copas. Mas pergunta se ele tá preocupado com isso. Não. Essa é a resposta. O camisa 11 disse, após a goleada sobre a Argentina, que seu principal objetivo era levar a Alemanha à semifinal. Diferente do brasileiro, que em 2006 parecia só pensar no tal recorde enquanto caminhava em campo pela seleção canarinho.
Esse é o jeito Miroslav Klose de ser e de jogar. Ele geralmente fica apagado durante os jogos e sempre aparece um comentarista dizendo que ele não faz nada ou que ele não é tão bom como pensam. Ou seja, Klose age como um mineiro, come quieto e vai pelas beiradas. Ele decidiu a parada em 2006 em favor dos germânicos e fez isso de novo hoje. O time de Klose derrotou a Argentina do craque Messi e do ídolo Maradora e fez o que muitos não acreditavam, chegou ao seu quarto gol nesse Mundial da África e é um dos vice-artilheiros da competição.
O atacante chegou desacreditado à Copa porque não fez uma boa temporada no Bayern de Munique, quer dizer, ele quase não jogou esse ano. Klose ficou boa parte da última temporada no banco de reservas e só marcou três gols no Campeonato Alemão. Chegou a se pensar que ele também ficaria no banco alemão e que Cacau entraria em seu lugar, mas Joaquim Löw não dispensou o artilheiro da Copa da Alemanha em 2006. O treinador apostou suas fichas na experiência de Miro e se deu muito bem.
Os alemães mostraram, até aqui, o futebol mais dinâmico, equilibrado e interessante desta Copa. A juventude dessa seleção aliada à experiência de Klose e à sua vontade de trabalhar em equipe formam uma poderosa arma que pode, eu espero, desmontar a Fúria espanhola.